sexta-feira, 8 de junho de 2012

maranata - ela me disse que se fosse pelo tratamento que recebia da igreja, com relação à sua deficiência, ela jamais teria ficado na ICM. Ela falou que sempre sofreu preconceito e discriminação. Chegou a pensar em denunciar a igreja às autoridades que fiscalizam essa questão

Este comentário do(a) irmão(a) Livre Livre, sobre a irmã de muletas, me lembrou um fato também que muito me indignou.

Foi no Maanaim de Brasília e com uma irmã deficiente também. Eu a encontrei no estacionamento. Ela parecia estar sentindo dor e eu percebi que ela havia chorado. Ela me pediu para segurar no meu ombro para sair dali e assim ela foi me contando que havia caído e que não conseguia andar onde tinha brita. Ela disse que já havia pedido para fazer vagas especiais nos estacionamentos mas não foi atendida. Disse também que foram muitas vezes que caiu, que por muitas vezes foi humilhada por causa disso.

Eu reencontrei aquela irmã por muitas vezes naquele Maanaim e ela sempre me contava o quanto foi maltratada e os problemas que tinha com a falta da acessibilidade. Me pasmei numa dessas vezes que a vi, ela me disse que se fosse pelo tratamento que recebia da igreja, com relação à sua deficiência, ela jamais teria ficado na ICM. Ela falou que sempre sofreu preconceito e discriminação. Chegou a pensar em denunciar a igreja às autoridades que fiscalizam essa questão, mas não tinha coragem porque, segundo ela, “amava muito a Obra” e que não tinha coragem de fazer isso.

Agora penso comigo: O que aquela irmã não sabia era que a Obra nunca a amou.

Durante todo o tempo que passei em Brasília eu via aquela irmã trabalhando no Maanim. Ela era muito atuante. Me lembro que ela trabalhava ajudando um grupo de deficientes auditivos. Mesmo tendo dificuldades ela estava sempre disposta trabalhando.

Ela me disse muito mais coisas que sofreu na igreja com relação à deficiência, como falta de acesso e adaptações e inclusive nas mensagens. Não sei se essa irmã ainda continua na ICM.

Eu perdi o contato com ela. Espero que tenha saído, e espero também que o MP esteja atento a esses desmandos e com pessoas que deviam ter uma atenção diferenciada.
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E agüentando discriminação, humilhação e preconeitos, apesar de deficiente servia aos demais; porém não era servida em coisas elementares como condições de acesso… Lamentável!


Enquanto a Constituição Federal busca do bem-estar de todos, sem discriminação de quaisquer tipos; e, da mesma maneira, o Código Penal brasileiro determina como passível de punição os atos criminosos e de desrespeito causados por fatores discriminatórios, essa falta de cuidados especiais existe e testemunha contra o dono do rebanho e seus emissários.

Gritos de Obra!… Obra!… Obra!… Obra!… nada valem, enquanto o maranatismo oferece o “outro evangelho” e exige inquestionável OBEDIÊNCIA.

Paulo insistiu com Timóteo que considerasse as mulheres com testemunho de boas obras (1, 5.10). Queira Deus que no Dia do Senhor seja lembrado o bem que essa irmã fez aos demais.

CV.

fonte: http://cavaleiroveloz.com.br/index.php/2012/06/desertores-quem-sao-e-onde-estao/#comment-12264

5 comentários:

  1. [...] maranata – ela me disse que se fosse pelo tratamento que recebia da igreja, com relação à sua d... [...]

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