quinta-feira, 8 de março de 2012

Pastor da maranata usa visão para justificar desvio de dinheiro na maranata

Pastor usou "Visão" para justificar desvio de dinheiro na compra de eletrônicos




foto: Letícia Cardoso l Rádio CBN Vitória 93,5 FM

Advogado da Maranata, Sérgio Carlos de Souza

Para o advogado da Maranata, Sérgio Carlos de Souza, Deus não mostra caminhos para fazer algo errado. Refere-se ao uso equivocado da “visão” por parte de quem cometeu irregularidades.



 
O documento de compra de equipamentos eletrônicos para a Igreja Cristã Maranata mostra que a transação comercial foi aprovada por uma “visão”. A anotação está em um dos recibos investigados dentro de um esquema de corrupção para desviar recursos provenientes do recolhimento do dízimo, montado na cúpula da instituição.

A Rádio CBN e o Jornal A Gazeta revelaram ainda o envolvimento de pastores, diáconos e até fornecedores no esquema. O desvio foi identificado em uma investigação da própria igreja e foi parar na Justiça, onde aparece o nome do vice-presidente da instituição, Antônio Ângelo Pereira dos Santos.

A “visão” faz parte do rito espiritual da igreja. A compra que teve o auxílio dessa experiência foi para adquirir 300 projetores pelo valor de R$ 330 mil. Parte desse total foi adiantada ao fornecedor.



Para o advogado da Maranata, Sérgio Carlos de Souza, essa pode ser mais uma situação que faz parte do conjunto de irregularidades que foram praticadas contra a instituição. “Deus não mostra caminhos para fazer algo errado. Para acobertar um procedimento ilícito, a pessoa conta qualquer tipo de história”, pontua.

Ele assinala ainda que apesar da gravidade dos fatos – referindo-se aos desvios –, assinala que a Igreja Maranata está tranquila por ter a certeza de que todas as providências estão sendo adotadas para preservar a instituição e ressarcir os prejuízos ocasionados pelo desvio.

Afastamento

Entre elas está o afastamento de três pastores e um diácono – incluindo o vice-presidente do Presbitério –, alem do contador Leonardo Meirelles de Alvarenga. Há ainda uma ação judicial e pedidos de investigação feitos ao Ministério Público Estadual e à Receita Federal.

A forma como as denúncias vêm sendo apuradas pela Maranata acabou causando insatisfação em um grupo de fiéis, que decidiu abandonar a igreja. O grupo também protocolou denúncias em vários órgãos, pedindo que o caso seja investigado.

“As pessoas passaram a assistir a um culto frio que outrora não era, em que se procura defender mais ideais institucionais”, argumenta Leonardo Lamego Schuler, advogado do grupo dissidente.


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