sábado, 3 de março de 2012

Censura na igreja cristã maranata

CENSURA NA ICM
2.1.5.3. A Censura é usada pela Maranata no sentido de controlar e suprimir informações, opiniões e até formas de expressão que possivelmente possam promover o senso crítico e racional e que, por ventura, possa se levantar contrárias ao sistema religioso da Instituição.
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O propósito da censura está na manutenção do status quo, evitando a discussões de idéias que se estabeleçam ameaçadoras à alteração do sistema. É um mecanismo utilizado para manter o poder e proteger a credibilidade das doutrinas da Maranata.
É também realizada a supressão de certos pontos de vista e opiniões divergentes ao do Presbitério e do pastor da igreja local, através das ameaças divinas e rogação de maldições, assim como pela desconstrução da pessoa do contestador e da promoção da ruptura sócio-afetiva (fraternal e até familiar) dele.
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Censura-se o contato com dissidentes e até mesmo com membros que estão a contestar o sistema da Maranata. A censura se aplica também contra sites e redes sociais que suscitam o senso crítico e reflexivo, e que expõem os contra-sensos do sistema da Maranata.
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Estes métodos de coibição tende a influenciar, emoldurar e manipular a opinião dos adeptos de forma a evitar apoio e crédito a outras idéias que não sejam as do Presbitério. Aliás, é pressuposto basilar do obscurantismo que quanto mais desinformados e ignorantes os adeptos se tornarem, mais fácil é de manejá-los, controlá-los para um comportamento de manada.
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No entanto, não utilizam esse nome “censura” para justificar as suas decisões inibitórias, mas a chamam, como de praxe, de “orientação do Senhor”, pela qual a censura se justifica em termos de “proteção espiritual”; mas, na verdade, esconde uma posição mesquinha de submeter os adeptos aos caprichos e opiniões unilaterais do poder do Presbitério.


O objetivo é infantilizar e inferiorizar os adeptos em relação à liderança, permanecendo-os em eterna ignorância e submissão, a fim de se considerarem a si mesmos como incapazes de pensar por si próprios, de maneira tal que tudo que eles, por ventura, pensem e meditem seja, de modo automático, associado pejorativamente como “razão”; por conseqüência, só devem eles confiar e acreditar na “revelação”, o que, na verdade, seria tudo aquilo que está, fundamentalmente, enquadrado nos caprichos e “verdades” estipuladas pelo Presidente e o Presbitério.

TEOLOGIA E A BÍBLIA

2.1.5.3.1. A censura é usada para proibir o contato com a literatura, estudos, pregações (áudio e vídeo) e músicas de autoria de outros cristãos não membros da Maranata. As músicas evangélicas são generalizadamente adjetivadas como “Cospel” e “sem-revelação”.

A literatura cristã, de autores cristãos não membros da Maranata, também é rebaixada como “letra”, “teologia”, “sem-revelação, “sem-obra”, “razão”, etc. A censura religiosa se configura claramente quando se coíbe e repreende a busca até mesmo de estudos bíblicos sistemáticos, como a Teologia Cristã que é altamente ridicularizada e abominada pela liderança.

Outra expressão de censura, é que a própria Bíblia é desacatada ou têm sua autoridade inferiorizada, sendo reputado como “letra” qualquer entendimento bíblico que confronte com as contradições doutrinárias da Maranata; de modo que autoridade espiritual do ensino, não é calcada nos preceitos bíblicos, senão naquilo que a liderança ou o sistema entende da Bíblia.

Em poucas palavras, tudo que está na Bíblia que contradiz o sistema da Maranata é reputado como “letra”, pois a “letra mata”, é “teologia” e “razão do homem”; ao passo que tudo que a liderança diz entender da Bíblia é considerado como “revelação”ou “palavra-revelada”.


Desencorajam e depreciam toda forma de aquisição de conhecimento espiritual e bíblico, através da promoção da alienação e desinformação, a fim de exercer o controle religioso de forma irrefutável e autoritári.
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Portanto, apostilas, vídeos, áudios de pregações de exclusividade dos homens do Presbitério são distribuídas somente a pastores e alguns diáconos e obreiros que, em tese, seriam os mais compromissados com o sistema. Álbuns musicais de membros da Maranata e literatura de escritores ligados ao Presbitério, por outro lado, são comercializados e promovidos no seio institucional.
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Todos esses produtos ligados à Maranata são espiritualizados como “revelados direto da Eternidade”; ao passo que os produtos literários, musicais, didáticos das demais expressões cristãs são reputados como “letra”, “religião”, “razão”, “teologia”, “filosofia”, “tudologia”, “sem-revelação” etc.
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ORKUT
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2.1.5.3.2. O Orkut é a rede social que causa maior pavor ao Presbitério, pastores e membros da Maranata, porque nela se encontra a comunidade de ex-adeptos (pastores, ungidos, diáconos, obreiros, senhoras etc.) - Já Fui Um Maranata - cujo conteúdo contém debates, testemunhos, desabafos, exposições de verdades doutrinárias e administrativas sobre a Instituição.
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Por isso, temendo que tal comunidade ganhasse popularidade e conhecimento entre os adeptos, a liderança lançou mão do estratagema de que Deus havia revelado ao Presbitério que “o Orkut é uma arma do Inimigo para enganar os servos da Obra”, por isso decretou que os membros estariam proibidos de acessarem essa “perigosa” rede social, assim como aqueles que fossem seus usuários, estavam sob a “orientação” de imediatamente apagarem seus perfis, uma vez que o Presbitério e a liderança local estariam fiscalizando e punindo aqueles que não os obedecessem.
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Para reforçar essa demonização dessa rede social, afirma-se que a etimologia da palavra Orkut viria supostamente do gaulês antigo que significaria: Ork: Potro e Ut: Inimigo – “Potro do Inimigo”.


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